A adoção de cachorros abre possibilidade para uma série de benefícios físicos e mentais. O dono de um animal ganhará um membro da família, um amigo para brincadeiras e também uma companhia para momentos difíceis.
O dono de um cachorro costuma ter mais saúde mental, porque o carinho do pet traz autoestima e confiança. Além disso, cães costumam deixar os donos com bom humor, pois estão sempre dispostos e animados.
Se o dono tiver interesse por praticar esportes com o cão, poderá ter uma infinidade de ganhos físicos. Diversas práticas podem reduzir o sedentarismo, diminuir a pressão cardíaca, estimular a produção de hormônios positivos e gerar hábitos mais saudáveis.
A adoção de um cachorro também traz benefícios sociais, pois haverá uma redução do número de pets abandonados. Muitos abrigos estão lotados e precisam realizar adoções para resgatar mais animais.
Além dessas vantagens, existe um benefício que não é explicado pela ciência, mas é sentido por todos donos. É um amor incondicional, que é recíproco e vale pela vida toda.
O que levar em consideração antes de adotar um cachorro
É necessário entender que adotar um cachorro é um ato de muita responsabilidade. A decisão de ter um animal não pode ser feita por impulso e requer planejamento. Adotar não é como comprar um produto, que pode ser abandonado ou trocado facilmente.
Também é preciso entender que cachorros são mais carentes do que outros animais. Portanto o dono terá que dar atenção ao pet, para que ele não sofra com problemas mentais ou até físicos. É necessário planejar um tempo que será dedicado ao cão.
Outra consideração importante é sobre os gastos. Criar um um cachorro gera custos mensais, pois ele vai precisar de alimentação, equipamentos e cuidados médicos.
Por instinto, um cachorro é um animal que pode causar pequenos acidentes em casa. É possível que ele morda ou quebre algum objeto importante eventualmente. Então adotar um pet também é um exercício de paciência.
Responsabilidades com um cachorro
A posse responsável de um cachorro envolve uma série de práticas necessárias para uma relação saudável entre as duas partes. Para ser um bom dono de pet, é preciso proporcionar todos cuidados médicos possíveis. Isso passa por vacinação em dia, atendimento com veterinários e medicamentos diversos.
Outro cuidado importante é a castração. Cachorros não devem se reproduzir de forma descuidada, pois fatalmente isso vai gerar um grande número de animais na rua. Portanto é recomendável castrar o cão, em um processo feito por um bom veterinário.
O passeio com o cachorro é outra responsabilidade diária de um bom dono. E a caminhada requer alguns cuidados. O pet deve estar com uma coleira com identificação, e as fezes devem ser recolhidas das calçadas.
Dentro de casa, o dono precisa estar sempre atento com alimentação e limpeza. Os cachorros precisam de rações próprias para eles. E é fundamental que eles vivam em um espaço limpo e bem conservado.
Como escolher o cachorro ideal?
Antes de adotar um pet, é preciso observar com atenção as características dele. Idade, porte e personalidade do cachorro podem influenciar. E tudo depende de que tipo de companhia você pretende ter.
Normalmente filhotes são mais ativos, então é preciso ter cautela ao adotá-los. É recomendável avaliar se haverá espaço para que ele se divirta, além de disposição do dono para fazer as brincadeiras.
Se uma pessoa é mais tímida e introspectiva, provavelmente vai preferir um cão mais calmo. É necessário buscar informações sobre a personalidade do pet. Provavelmente o mais adequado será adotar um cachorro adulto.
A raça serve como referência para saber algumas características, mas não é tudo. O ideal é conversar com todas pessoas que já tiver contato com o cachorro. Também é válido falar com quem já conhece a linhagem do animal.
Características físicas dos cachorros também merecem atenção. Se é um animal que precisa de tosa frequentemente, o dono precisa ter certeza de que poderá investir tempo e dinheiro para isso. Se é um cão que costuma latir, a família inteira precisa ter certeza de que isso não será um problema.
Outra dica valiosa é visitar o cachorro no abrigo mais de uma vez, em diferentes momentos do dia, para observar o temperamento dele como um todo. Com isso é possível encontrar detalhes que farão diferença na escolha.
Kit básico de acessórios para cachorros
Existem muitos itens básicos que precisam ser comprados antes do cachorro ser adotado. Em primeiro lugar, é necessário pensar na alimentação. O pet vai precisar de tigelas onde serão colocadas ração e água. Também é importante ter potes para fazer um estoque da ração que será adquirida.
Planeje a higiene. O cachorro vai precisar de um espaço adequado para suas necessidades básicas, seja um jardim, um quintal ou um local com tapete higiênico, que precisa ser trocado frequentemente. Além disso, é recomendável ter xampu, condicionador, pente, escova de dente, pasta e cortador de unha.
Outros itens são necessários para passeios e transportes. Todo cachorro precisa ter uma coleira com dados de identificação. E se o dono pretende transportar o pet com frequência, é recomendável comprar uma caixa específica para isso.
Além desses itens mais essenciais, também é importante comprar brinquedos e uma cama, que podem trazer benefícios físicos e mentais para o cão. Se ele ficar exposto ao sol e chuva, uma casinha também será necessária.
Escolha da ração para cachorro
As rações para cachorros são cada vez mais específicas. Existem alimentos diferentes para todo tipo de peso, idade, raça ou porte dos pets. O mais importante é consultar um veterinário para escolher a melhor comida do cão. Caso contrário, o animal pode ter problemas de saúde.
Vale ressaltar que a ração varia de acordo com a fase da vida do cachorro. Portanto é importante manter um acompanhamento constante com um veterinário, para que essa recomendação esteja atualizada.
Os petiscos também devem fazer parte da dieta dos cachorros. Eles adoram esse tipo de alimento, que pode servir como recompensa para comportamentos positivos.
Vacinas para cachorros
Assim como os humanos, os cachorros também precisam de prevenção contra doenças. O calendário de vacinação de cada animal é diferente e deve ser feito pelo veterinário.
Mas é obrigatório que todas carteiras tenham três tipos de vacina: v8, v10 e antirrábica. Elas vão combater doenças graves, como hepatite infecciosa, parvovirose, leptospirose, adenovirose, coronavirose, parainfluenza canina e raiva.
Além dessas três, existem outras vacinas importantes que podem ser recomendadas. Elas combatem pulgas, leishmaniose, giárdia e tosse.
Castração de cachorros
A castração é um processo recomendado para os cachorros, principalmente para evitar cruzamentos indesejáveis e problemas de saúde. Mas isso gera consequências para o animal. Ele pode ter mudanças físicas e de comportamento, afinal a cirurgia vai afetar a produção de hormônios.
Apesar disso, os benefícios são inegáveis. Para as fêmeas, a castração acaba com o cio e diminui os riscos de tumores e infecções. Para os machos, controla a agressividade e reduz a chance de tumor na próstata.
O mais recomendável é fazer a castração por volta dos 6 meses do pet. Mas mesmo se a cirurgia acontecer depois disso, ainda trará benefícios.
É fundamental tomar todos cuidados para que a castração seja feita de forma segura e eficiente. É necessário encontrar um veterinário de confiança, fazer exames e tomar todos cuidados antes e depois da cirurgia.
Quando levar o cachorro ao veterinário
O dono do cachorro não pode esperar o surgimento de algum problema para levá-lo ao veterinário. É preciso fazer consultas de rotina, de acordo com a idade do animal.
Até os seis meses de idade, é recomendável que o filhote passe por consultas mensais, para que tome vacinas e cresça de forma saudável. Depois disso, até os 7 anos, o cachorro é considerado adulto e pode ir ao veterinário apenas uma vez por ano, para vacinas de reforço e avaliações clínicas. Mas depois disso, é necessário aumentar a frequência. O cachorro idoso precisa ir ao veterinário a cada semestre e provavelmente fará exames mais complexos.
O dono do cachorro também precisa estar atento ao animal para saber quando levá-lo a uma consulta de emergência. Isso pode acontecer por causa de sintomas, como vômitos e diarreias; ou por causa de mudanças de comportamento, como falta de apetite e tristeza. É importante que o dono não adie demais a ida até o veterinário. Em muitos casos, iniciar o tratamento rapidamente é fundamental para diminuir a gravidade das complicações.
Quanto custa ter um cachorro?
Nos últimos três anos, diversos estudos tentaram estimar o custo médio mensal da criação de cachorros. Segundo o Instituto Pet Brasil (IPB), que reúne empresas de produtos e serviços, é necessário um investimento de R$ 338,76 por mês. De acordo com a consultoria CVA Solutions, o custo é de pelo menos de R$ 333 mensais.
Esse valor varia de acordo com a idade e o tamanho do cachorro. De acordo com uma pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), um cão pequeno requer cerca de R$ 216 mensais. O valor sobe para R$ 278 quando o cachorro tem médio porte. E o pet de grande porte pode custar até R$ 411 por mês.
Para estimar esses custos, os estudos levam em conta os valores médios gastos com alimentação, banho, tosa, veterinário e diversos produtos de saúde, como antipulgas, vacinas e vermífugos.
E se eu me arrepender de adotar um cachorro?
Encontrar um novo lar para um cachorro não é fácil. Os abrigos têm dificuldades econômicas, pois dependem basicamente de doações. Então é necessário tratar desse assunto com cautela e seriedade.
Mas se o arrependimento é irreversível, primeiro saiba o que não fazer: jamais abandone um cachorro por ter se arrependido de adotá-lo. Largar o pet na rua é cruel e perigoso.
Assuma a responsabilidade de achar uma nova casa ou abrigo para o cachorro. Tente encontrar organizações não governamentais (ONGs), que podem facilitar uma segunda adoção. Amigos, conhecidos e a pessoa que doou o cachorro para você também podem facilitar a nova adoção.
Onde adotar um cachorro?
Existem pelo menos quatro formas de encontrar cachorros para adoção: em abrigos, canis, lojas para animais ou através de contatos com veterinários e amigos.